ATENÇÃO

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quinta-feira, 17 de julho de 2008

Intraduzível

Às vezes nos deparamos com certas situações que nos fazem pensar.
E tornam-se inevitáveis a nossas mentes.
São eternamente ocorrentes.
Cíclico. É como passamos a definir nosso pensamento.
E começamos a lutar. A tentar esquecer aquilo tudo.
A tentar pensar em outra coisa.
Lutar contra nós mesmos.
Cabeça versus Coração.
E começamos assim a enlouquecer.
Pensamos que o universo e nós mesmos conspiramos em proporcionalidade inversa a nossos planos.
E quando passa, se passa...
Ninguém sabe.
Passa, às vezes, quando menos se epera.
No fundo, nossos sentimentos são como aquelas palavras: saudade, gezellig...
Intraduzíveis.
É uma ótima tradução, essa.
Nunca saber, sempre sentir.
Nunca temer, sempre querer.
Ter aquela pessoa por perto de novo.
Saber que está bem, que está com você.
E que nada os pode separar, nem um oceano todo.
Saber que, apesar de distante, é por uma boa causa.
Que apesar de sentir-se assim, querer que tudo vá bem, e que sua falta não seja sentida.
Querer o outro bem. Feliz. Satisfeito.
Perto. Longe. Sem saber.
Ter esperança.
De que volte, de que seja, de que esteja, de que se torne.


Intraduzível.





terça-feira, 8 de julho de 2008

Nova filosofia desconexa do ser temporal relativa à vida e à passagem do tempo.

É algo realmente desconexo, que idealizei num momento profundíssimo de tédio arrebatador.
Funciona basicamente assim: Tudo que vem antes está, na verdade, depois, e vice-versa. Ontem e amanhã são conceitos que foram a nós apresentados inversamente.
Não sei se isso já existe, mas refletindo sobre uns certos sonhos que ando tendo, que acontecem, algum tempo depois. Quase como os famosos déjà-vus, mas sendo sonhos que depois se realizam. Sonhos daqueles que se tem quando se está dormindo, não aqueles ideais de vida que se alcança, nada disso. O grande problema é que com o acontecimento das situações, sou imediatamente alertado sobre a origem do conhecimento daqueles acontecimentos: sonhos.
Comecei então a filosofar: como os sonhos podem ser premonitórios? Como não encontrei explicação para isso, comecei a cogitar que tais sonhos seriam lembranças.
Mas se sonhos premonitórios são lembranças, que são essencialmente lembranças?
Premonições, é claro.
Daí vem meu pensamento de que, se sonhos premonitórios são lembranças (do amanhã) e de lembranças são premonições (do ontem), o tempo corre ao contrário, ou nós é que simplesmente o definimos inversamente. Enfim, o que quero dizer é que o tempo real é inverso ao tempo que conhecemos. E a existência desses dois tipos de tempo nos transporta a uma dimensão confusa e complexa em relação a tudo.
Se o tempo está inverso, temos que considerar que todos os conceitos referentes ao tempo estão inversos:
  • ONTEM – AMANHÃ
  • PASSADO – FUTURO
  • NASCER – MORRER
  • E por aí vamos.

Explanando somente conceitos referentes à vida, podemos dizer que, segundo essa linha de pensamento, tudo está absolutamente contrário à realidade, e que, a cada momento, não estamos mais velhos, mas mais novos; ou estamos mais próximos à morte, mas ao nascimento. Nascemos exatamente no momento em que nosso trabalho cerebral é terminado, e morremos assim que ele se inicia.
Precisamos dar também ênfase aos conceitos metafísicos de verdade e realidade. Ainda que não seja eu a pessoa mais apta a explicá-los, “here I go”: A verdade e a Realidade estão diretamente ligadas, mas não são obrigatória ou essencialmente iguais. São até bem diferentes em alguns casos como o do tempo (ainda sob o ponto de vista dessa nova filosofia). É como se (usando um exemplo de meu professor de filosofia) a verdade fosse uma linha, ou melhor, uma seta, um apontamento; e a realidade, o ponto onde se cruzam todas ou muitas verdades. Didaticamente:

* = ∞ . → ou * = n . →

Realidade = infinitas verdades ou Realidade = várias verdades.


Após tanta reflexão sobre tão insano tema, paro por aqui, ou tento. Antes que eu comece mesmo a crer no produto desse meu momento de ausência de racionalidade (ou excesso de presença).

Olá.

Epílogo (Desapresentação)

Não creio que seja muito comum uma pessoa cuja apresentação não seja uma apresentação do que se é (nome, idade, enfim, ficha completa) e de uma determinada proposta. Mas devido à minha, digamos, "experiência" tocante a isso, decidi começar com uma nova maneira de me apresentar. Acaba se tornando mais interessante, a meu ver, ir mostrando aos poucos quem eu sou. Sem intenção de ser misterioso/sensacionalista. Não quero que quem eu sou vire ficção ou suspense. Só estou um pouco enjoado de me descrever. Tudo a seu tempo, não me apresento ainda.

Estive pensando em apresentar um prólogo. Mas repensei. Pra quê prólogo, se nem tema eu tenho direito?

Também gastei um bom tempo pra idealizar esse nome, Epílogo. O grande problema é achar algo que se encaixe com minha linha de pensamento. Talvez ainda não exista uma palavra que me defina. Que brega isso. Catarse demais às vezes me dá um certo nojo. Ainda mais vinda de mim. Isso de descrever é para mim (ou sempre foi) algo muito efêmero.
Talvez eu não sirva mesmo pra escritor, mas vou morrer tentando. Não que eu seja de fato um intelectual. Não tenho a pretensão de pensar que sou. Sou até meio burrinho pra alguém com a vivência sentimental que carrego.

Mas chamei esse texto de Epílogo porque, de certa forma, sinto como se estivesse regredindo, em vez de progredir, para depois me reinventar. Ou talvez esteja me reinventado. Ou nenhum dos dois. Sou complexo demais para mim mesmo. Devem ser os malditos hormônios que produzem "dobramentos modernos de origem orogênica" na minha epiderme. (Que cult isso, quem me dera ser assim).

É também por esse motivo que decidi mais uma vez tentar escrever direitinho, pra, de certo modo, relatar tantas mudanças como as que vem acontecendo recentemente.

Mas penso que já escrevi o suficiente sobre isso. Não julgo muito boa a idéia de rebuscar ou tentar enriquecer muito o texto. Fica meio cansativo. Assim, despeço-me de minha nova maneira:
Olá.