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terça-feira, 8 de julho de 2008

Nova filosofia desconexa do ser temporal relativa à vida e à passagem do tempo.

É algo realmente desconexo, que idealizei num momento profundíssimo de tédio arrebatador.
Funciona basicamente assim: Tudo que vem antes está, na verdade, depois, e vice-versa. Ontem e amanhã são conceitos que foram a nós apresentados inversamente.
Não sei se isso já existe, mas refletindo sobre uns certos sonhos que ando tendo, que acontecem, algum tempo depois. Quase como os famosos déjà-vus, mas sendo sonhos que depois se realizam. Sonhos daqueles que se tem quando se está dormindo, não aqueles ideais de vida que se alcança, nada disso. O grande problema é que com o acontecimento das situações, sou imediatamente alertado sobre a origem do conhecimento daqueles acontecimentos: sonhos.
Comecei então a filosofar: como os sonhos podem ser premonitórios? Como não encontrei explicação para isso, comecei a cogitar que tais sonhos seriam lembranças.
Mas se sonhos premonitórios são lembranças, que são essencialmente lembranças?
Premonições, é claro.
Daí vem meu pensamento de que, se sonhos premonitórios são lembranças (do amanhã) e de lembranças são premonições (do ontem), o tempo corre ao contrário, ou nós é que simplesmente o definimos inversamente. Enfim, o que quero dizer é que o tempo real é inverso ao tempo que conhecemos. E a existência desses dois tipos de tempo nos transporta a uma dimensão confusa e complexa em relação a tudo.
Se o tempo está inverso, temos que considerar que todos os conceitos referentes ao tempo estão inversos:
  • ONTEM – AMANHÃ
  • PASSADO – FUTURO
  • NASCER – MORRER
  • E por aí vamos.

Explanando somente conceitos referentes à vida, podemos dizer que, segundo essa linha de pensamento, tudo está absolutamente contrário à realidade, e que, a cada momento, não estamos mais velhos, mas mais novos; ou estamos mais próximos à morte, mas ao nascimento. Nascemos exatamente no momento em que nosso trabalho cerebral é terminado, e morremos assim que ele se inicia.
Precisamos dar também ênfase aos conceitos metafísicos de verdade e realidade. Ainda que não seja eu a pessoa mais apta a explicá-los, “here I go”: A verdade e a Realidade estão diretamente ligadas, mas não são obrigatória ou essencialmente iguais. São até bem diferentes em alguns casos como o do tempo (ainda sob o ponto de vista dessa nova filosofia). É como se (usando um exemplo de meu professor de filosofia) a verdade fosse uma linha, ou melhor, uma seta, um apontamento; e a realidade, o ponto onde se cruzam todas ou muitas verdades. Didaticamente:

* = ∞ . → ou * = n . →

Realidade = infinitas verdades ou Realidade = várias verdades.


Após tanta reflexão sobre tão insano tema, paro por aqui, ou tento. Antes que eu comece mesmo a crer no produto desse meu momento de ausência de racionalidade (ou excesso de presença).

Olá.

Um comentário:

Felipe Moratori disse...

O mais legal foi a representação didática da sua teoria. ^^